Amarelinha, bolinha de gude, esconde - esconde. Brinquedos que faziam a cabeça da garotada, em uma época onde a honestidade reinava e a rua era um mundo.
Computadores, Ipods, Celulares. Os velhos brinquedos foram aposentados e a já idosa bicicleta enferrujou. Surge a nova geração de crianças. As quais desconhecem quem descobriu o Brasil, mas sabem o endereço de todos os sites de relacionamentos.
O velho mundo foi abandonado. Crianças não sabem o valor da rua. E ficam horas a fio trancadas em um quarto, ouvindo música ou no computador. Conversas na porta de casa se reduziram a barulhos irritantes de teclas. E essas mesmas crianças contam nos dedos quantas vezes pegaram um Machado ou um Amado para passar o tempo, mas, perderam as contas de quantos recados existem na sua página de relacionamento.
O termo mais coerente para as crianças do século XXi é futilidade. Seus maiores prazeres são possuir a melhor tecnologia. E o mundo afora é esquecido. As crianças tornam - se alienadas, despreparadas para enfrentar um mundo além de um monitor. E com isso, fases são puladas. Crianças virão adultas com o piscar dos olhos e toda aquela "pureza" muitos perderam antes mesmo de possui - la.
E os minutos correm. E mais tecnologias são empurradas goela abaixo. Chegará um dia em que muitos lotarão salas de terapia. E quando perceberam, o tempo não volta mais. E não adiantará mais mandar cartas ao Papai Noel.
Sabe Rodrigo, teu texto me fez recordar os meus inesquecíveis dias de criança, vividos numa vila composta apenas de oito casas. Além dos brinquedos que descreveste, lembro-me ainda do pião, do papagaio ou pipa, cabra cega, garrafão, cademia, a velha pelada com bola de borracha, e tantos outros que, no momento, me fogem da lembrança. Realmente, conseguiram mudar o mundo. Hoje, o avanço da tecnologia virtualizou o mundo e baniu o interesse das crianças pelos estudos. Hoje, lamentavelmente, é muito raro se ver uma criança lendo um livro, ou mesmo, um panfleto de propaganda. Daí, em alguns momentos de reflexão, fico a imaginar qual e como será o futuro que se nos apresenta.
ResponderExcluirFoste muito feliz no texto. Parabéns!
Abraços,
Furtado.
adorei teu texto, concordo plenamente...
ResponderExcluirnas andanças pela orkutesfera acabei me batendo com teu blog e por coincidência o meu último post foi justamente sobre esse assunto =)
quiser conferir : http://indeiscente.wordpress.com/
e lendo por conseguinte o post posterior acho q vc iria gostar de um heterônimo meu q tem aversão por tudo q envolve .com,ela acha q o .com esfriou demais as relações pessoais, eis ela:
http://indeiscente.wordpress.com/2008/06/01/agatha-bianucci/
bem, por fim, parabéns pelo blog escreves mto bem!
bjos
=***
Outra coisa que distanciou um pouco as famílias também foi a tecnologia, com a facilidade de se comprar uma televisão, cada um vai para o seu quarto assistir TV sozinho.
ResponderExcluirTenho muita saudade da época em que eu brincava de queimada, vôlei, na rua. Hoje as meninas brincam até com bonecas virtuais, tudo pelo computador.
É uma pena.
Beijos