Amarelinha, bolinha de gude, esconde - esconde. Brinquedos que faziam a cabeça da garotada, em uma época onde a honestidade reinava e a rua era um mundo.
Computadores, Ipods, Celulares. Os velhos brinquedos foram aposentados e a já idosa bicicleta enferrujou. Surge a nova geração de crianças. As quais desconhecem quem descobriu o Brasil, mas sabem o endereço de todos os sites de relacionamentos.
O velho mundo foi abandonado. Crianças não sabem o valor da rua. E ficam horas a fio trancadas em um quarto, ouvindo música ou no computador. Conversas na porta de casa se reduziram a barulhos irritantes de teclas. E essas mesmas crianças contam nos dedos quantas vezes pegaram um Machado ou um Amado para passar o tempo, mas, perderam as contas de quantos recados existem na sua página de relacionamento.
O termo mais coerente para as crianças do século XXi é futilidade. Seus maiores prazeres são possuir a melhor tecnologia. E o mundo afora é esquecido. As crianças tornam - se alienadas, despreparadas para enfrentar um mundo além de um monitor. E com isso, fases são puladas. Crianças virão adultas com o piscar dos olhos e toda aquela "pureza" muitos perderam antes mesmo de possui - la.
E os minutos correm. E mais tecnologias são empurradas goela abaixo. Chegará um dia em que muitos lotarão salas de terapia. E quando perceberam, o tempo não volta mais. E não adiantará mais mandar cartas ao Papai Noel.